Sábado ... olhamos nos guias de camping e constam 2-3 abertos ... vamos conferir!
Explicação geográfica: o Sul da França é dividido em :
Côte d'Azur, que lembra St-Tropez e Brigite Bardot no filme E Deus criou a mulher de 1956; Nice, Mônaco.
Provença com vários departamentos, mas todos com a cara do que imaginamos ser a Provença: Marselha, Aix-en-Provence, Avignon!!
A primeira cidade que paramos é Cavaillon, na região do Vaucluse e das Montanhas Lubéron .
A Oficina de Turismo estava fechada (hora do almoço) então subimos a "montanha" que fica bem atrás da oficina.
Pedra é o que não falta nestas redondezas, montanhas inteiras delas!
Não importa se vamos para a direita ou esquerda, pode saber que terá subidas e vistas deslumbrantes!
Catedral Notre Dame & Saint-Véran: reparem nas janelas em estilos diferentes: à esquerda, gótica e no centro, fechada com tijolos mas com arco romano. Estava fechada mas no guia diz que o interior é contrastante com a simplicidade do exterior.
Boulangerie = Padaria = sinônimo de coisas apetitosas, bonitas e cheirosas
O nome do restaurante - Pantagruel - não combina com a delicadeza da lousa: "Venha descobrir nossas inspirações do mês de Outubro ..."
Melões de Cavaillon : se estiverem na França no verão, provavelmente comerão os famosos "Orange"
E pêssegos, peras ...
Champinhons, cogumelos , recém colhidos e tem as trufas, mas essas são vendidas a peso de ouro. Nunca vimos ao vivo e muito menos comemos omelete com trufa negra ralada e salpicada. Dizem que é dos deuses!!
Comemos quiche e galette, é um crepe feito com farinha de trigo sarraceno (não sei se é exatamente isso: farinha integral com grãos de cereais, mais incorpada, sem glúten). Especialidade da Bretanha agora encontrada em muitos lugares.
Voltamos para a Oficina de Turismo e o rapaz foi bem enfático: camping só em St-Rémy (onde dormimos essa noite) e em Avignon ... forçamos um pouco, dizendo que o guia indicava 1-2 abertos e ele: eu digo que não. Então tá!
Vamos atrás mesmo assim ...
Cidades pitorescas, encarapitadas ou nas escarpas da montanha, com muralhas ou sem fosso ....
O Luberon imperturbável: ora perto, ora distante: paisagem que torna mais atraente ainda a Provença. Espaços selvagens onde ainda se pratica a caça ao sanglier=javali; vinhedos subindo e descendo encostas; cidades ocres ou cinza, dependendo da pedra da região!
Peter Mayle : escritor inglês, mudou para a Provença na década de 90 e tornou-se um divulgador em escala mundial da vida, peculiaridades e belezas provençais. Um dos livros "Um ano na Provença" discorre mês a mês as peripécias para reformar a casa, contratar pedreiros, eletricista bem como os roteiros eno-gastronômicos que faz com a mulher pela região.
Mesmo que você não tenha passagem marcada para a Provença vale a pena ler: tem um estilo muito próprio, escreve bem (ele era publicitário), tem belas sacadas e tiradas, humor sofisticado e na medida. Enfim sou fã, me divirto muito, nos faz viajar a cada leitura. Vários títulos "Encore Provence", "Toujours Provence", "Lições de Francês: aventuras de garfo, faca e saca-rolhas" . Boa leitura e ganhe um tour virtual!
Por muitos anos moraram perto da cidade de Ménerbes e hoje moram em Lourmarin . "Para mim, nada chega perto da Provence" ...(PM)
Deixamos o MH no estacionamento porque a cidade que vamos conhecer não permite veículos, além de estar encarapitadíssima na montanha
Eis que após uma curva ela se mostra: Oppède Le Vieux
Essa região tão calma, hospitaleira e relaxante em outras épocas teve dias agitados: as guerras de religião não poupou vila nenhuma. Estragos para todos os lados: católicos, judeus e protestantes.
Tomamos café porque ainda vamos passar por várias cidades
Ménerbes; Bonnieux, com sua igreja do século 12; Lacoste e as ruínas do castelo do Marquês de Sade.
A cidade que nos chama é Lourmarin : o guia nos assegura que o camping est ouvert... Vamos conferir!
Hora do lanche ...
Avignon quase 20:00 hs, cidade "grande" +- 100.000 habitantes.
Fica o gosto de "quero-mais" do que vimos hoje!
Boa noite!
Camping Pont du Avignon, domingo, chuvoso: não tiramos o nariz de casa. Fizemos nada o dia todo; comer. beber, dormir e admirar um ao outro ...
Muralhas, ruelas, escadarias
Placa em frente à Estação Ferroviária: viemos comprar passagem de trem para Aix-en-Provence para amanhã
Jardim vertical na entrada do Mercado Público
Estátuas "vivas" de vez em quando nos confundem
Não sei exatamente o nome, mas é um "alambique" para destilar o óleo essencial da lavanda (+- assim)
Outro ponto de visitação imperdível é o que restou da Ponte de St-Bénezet : na foto abaixo pode-se ver que ela vai até o meio do rio.
Foi construída de 1171 a 1185 e tinha originalmente 22 arcos. Onde hoje está o camping é uma ilha que dividiu o Rhône em dois braços.
Após várias enchentes em 1668 os arcos foram caindo e a ponte abandonada.
A Capela de St-Nicolas fica em um dos arcos e ocupa 2 andares
Há uma canção folclórica muito conhecida "Sur le Pont d'Avignon". Nos antigamentes as pessoas bailavam e festavam ali.
Paga-se para passear na ponte, pode-se andar sobre um trecho da muralha, na torre tem exposição explicativa, maquetes e amostra do projeto para tornar a ponte "realidade" em 3D. Não vão reconstruir mas você vai poder ver como era ... !!!!
Na têrça, dia 22 vamos cumprir o ritual de andar de trem. A estação do TGV fica fora do centro, deixamos as bicis no ponto e fomos de navete até a Gare.
De TGV não deu nem prá sentir a viagem: em 18' já estávamos em Aix
Demoramos mais para chegar ao centro de navete novamente.
Vamos aos dados: Aix-en-Provence , fundada pelos ... romanos em 103 a.C., mas com muita vitalidade, juventude, beleza, cor e movimento.
Seu filho mais famoso? Paul Cézanne ! Nasceu em 1839 e seu estúdio está preservado desde sua morte, em 1906. E as paisagens que tanto retratou? Todas lá.
O Monte Ste-Victoire fica a 15 km a leste de Aix e nos últimos tempos foi a obsessão de Cézanne, entre telas e desenhos foram mais de 80 trabalhos.
A letra C em dourado no chão nos leva aos vários locais que tem a ver com sua história.
A casa onde morreu ... não fomos visitar o cemitério, sem tempo hábil
Cidade com influências espanholas, mouras, italiana. Invadida por lombardos, francos e sarracenos. Em fins do século 12 era a capital da Provença e atualmente são os estudantes que tomam conta das ruas, falando alto, em vários idiomas, dando um colorido ainda maior às ruas.
A Avenida Cours Mirabeau é considerada por muitos a mais bonita "do mundo"! Chegamos em dia de feira, daquelas de "um tudo" ...
Aix=Água também é conhecida por suas fontes: legado dos romanos. Antes da era dos encanamentos domiciliares a população tinha a seu dispor mais de 100 fontes, muitas com águas quentes. Essa aí (não parece mas é) junto ao sanfoneiro ainda é de água quente ...
Porque alguns consideram a Cours Mirabeau linda!
Minhas considerações: tem um passeio para pedestres considerável, ninguém precisa pedir licença para flanar calmamente; arborizada; de um lado temos os cafés com mesas e cadeiras na calçada, restaurantes, livrarias e sorveterias, do outro instalados em casarões do século 17 :bancos, lojas, galeria de arte. Os carros? Ah! eles uma faixa bem estreitinha, no centro da rua, sem direito a estacionar e com o dever de parar se algum pedestre desavisado ou admirador da paisagem chegar perto...!
Felizes da vida! Motivos não faltam, heim bem!!
Aix atingiu seu auge como centro cultural na "gestão" do Rei René "O Bom", no século 15.
Torre do relógio, do início de 1500 e o Relógio astronômico é de 1660
L A V A N D A
Calissons: docinhos de amêndoa em formato de navete
E para terminar igrejas
Catedral de St-Sauveur, século 13 e abaixo o Batistério da Era Merovíngia (+- anos 600)
E para completar a "salada" de estilos: claustros românicos
Está na hora de partir, o bate-e-volta tem hora marcada; o TGV não espera ninguêm. Tô indo ...
A cada esquina dobrada um recanto encantador
De novo para as despedidas ... cidade com 140.000 habitantes mas com jeitinho de "vila". Amamos! E como diz o gaúcho "Anonymus Gourmet" : "Voltaremos!"
E por falar em gaúcho ... Porto Alegre, de 01 a 17 de novembro, está de novo nas praças e ruas a "59ª feira do Livro". Ainda bem que vai dar tempo de dar uma "sapiada" nos baús de ofertas !
E falando em Sul, em festa, lembro que no Morro Reuter (nossa cidade por adoção), de 14 a 17 de Novembro ocorre a "2ª Festa da Lavanda". Nossos votos aqui de longe: que seja tão organizada, competente e bonita quanto a primeira.
A volta para Avignon foi mais demorada (que bom!). Fomos de trem "normal" para Marselha e de lá pegamos o TGV para Avignon.
Que inveja desse povo que tem trem à vontade. Trens, rápido ou demorado, segunda classe ou primeira, o que é importante: ser trem! Uma das viagens que está em nossa listinha é o Expresso Transiberiano, coisa pouca, 9.300 km, atravessando 8 fusos horário. Chegaremos lá também!
Vamos descansar e amanhã visitamos o Palais des Papes
Tem o Palais Vieux, de 1334-43, mais simplesinho, de Benedito XII e o luxo do Palais Neuf, de Clemente VI (o que dizia que o luxo era para honrar Deus, não era para ele), de 1342-52.
Grand Tinel, o Hall de Banquetes : aqui os cardeais se reuniam para eleger o novo papa.
A Grande Capela tem 20 mts de altura com uma área de 780 m²
Aqui de cima temos belas vistas de Avignon
O Palácio tem 10 torres, sem diferença alguma de um edifício militar
Dá para perceber as estátuas decapitadas depois da Revolução Francesa
Aqui era a Sala de Audiências, onde o Tribunal se reunia
Na parte mais alta tem a cafeteria "Le Cafe Terrasse des Grands Dignitaires" e a visita termina obrigatoriamente na lojinha de recuerdos
Visitamos também o Arquivo Municipal
160 é o número de prédios de Avignon inscritos ou classificados como Monumento Histórico dentro dos 43.000 monumentos da França
Hora do rango,comemos sentados num degrau na calçada
Marca das grandes enchentes do Rio Rhône. Atualmente quase não há problemas: desde 1948 o governo construiu barragens, eclusas, canais e usinas hidrelétricas, tornando-o navegável para carga e turismo
Outro local interessantíssimo é a Rue des Teinturiers = Tintureiros
Aproveitando que o rio corre paralelo à rua por aqui instalaram-se os "tintureiros": até o século 19, estampavam a chita em padrões bem coloridos e recebiam o nome de indiennes e acabou inspirando os padrões provençais atuais
Ainda restam esses moinhos d'água usados no processo de estampagem e lavagem dos tecidos
Rua charmosa, com cafés, restaurantes, galerias de arte, árvoredo e cigarras (esqueci de falar sobre as cigarras, tem zilhões nessa época, nas lojas de souvenirs vende cigarras, é só dar corda e elas começam a cantoria), igrejas, casas com pontezinhas ... está em remodelação de piso e outras obras.
Tinturaria eu não vi ...
Não sei exatamente o que significa esses canos em volta das árvores, mas alguém fez uma graça e colocou uma foto das "mulheres-girafa" da Tailândia
Mais uma bicicletada e parada no Museu de História Natural
Tiranossauro Rex
Olha o tamanho desses barcos de cruzeiro! Descem e sobem os Rios Rhône=Ródano, Rhin=Reno, Mosela (Alemanha), entre outros. Estamos xeretando as cabines!
Amanhã partimos de Avignon ... cidade com 5.000 anos de história e um conjunto monumental único não se desvenda com 3 pernadinhas, mas sentimos o clima. Tchau.
Explicação geográfica: o Sul da França é dividido em :
Côte d'Azur, que lembra St-Tropez e Brigite Bardot no filme E Deus criou a mulher de 1956; Nice, Mônaco.
Provença com vários departamentos, mas todos com a cara do que imaginamos ser a Provença: Marselha, Aix-en-Provence, Avignon!!
A primeira cidade que paramos é Cavaillon, na região do Vaucluse e das Montanhas Lubéron .
A Oficina de Turismo estava fechada (hora do almoço) então subimos a "montanha" que fica bem atrás da oficina.
Olha que simpático o MH no estacionamento nos esperando |
Pedra é o que não falta nestas redondezas, montanhas inteiras delas!
A cadeia de montanhas que vemos ao fundo é o Luberon dividido em Petit e Grand (altitudes acima de 1.100 mts). Forma uma barreira natural entre os Alpes e o Mediterrâneo.
É por essa região que se encontram várias cidades com o título de "Le Plus Beaux Villages de France" e aí reside todo o problema: a escolha é difícil mas por outro lado temos a certeza que sempre seremos recompensados.Não importa se vamos para a direita ou esquerda, pode saber que terá subidas e vistas deslumbrantes!
Eu me amo, eu me amo, não posso mais viver sem mim ... |
Tem quem prefira a forma mais complicada para subir a montanha ... devem ter achado a escadaria perigosa! |
Arco romano do século I a.C. |
Catedral Notre Dame & Saint-Véran: reparem nas janelas em estilos diferentes: à esquerda, gótica e no centro, fechada com tijolos mas com arco romano. Estava fechada mas no guia diz que o interior é contrastante com a simplicidade do exterior.
Boulangerie = Padaria = sinônimo de coisas apetitosas, bonitas e cheirosas
O nome do restaurante - Pantagruel - não combina com a delicadeza da lousa: "Venha descobrir nossas inspirações do mês de Outubro ..."
Melões de Cavaillon : se estiverem na França no verão, provavelmente comerão os famosos "Orange"
E pêssegos, peras ...
Champinhons, cogumelos , recém colhidos e tem as trufas, mas essas são vendidas a peso de ouro. Nunca vimos ao vivo e muito menos comemos omelete com trufa negra ralada e salpicada. Dizem que é dos deuses!!
Voltamos para a Oficina de Turismo e o rapaz foi bem enfático: camping só em St-Rémy (onde dormimos essa noite) e em Avignon ... forçamos um pouco, dizendo que o guia indicava 1-2 abertos e ele: eu digo que não. Então tá!
Vamos atrás mesmo assim ...
Cidades pitorescas, encarapitadas ou nas escarpas da montanha, com muralhas ou sem fosso ....
Peter Mayle : escritor inglês, mudou para a Provença na década de 90 e tornou-se um divulgador em escala mundial da vida, peculiaridades e belezas provençais. Um dos livros "Um ano na Provença" discorre mês a mês as peripécias para reformar a casa, contratar pedreiros, eletricista bem como os roteiros eno-gastronômicos que faz com a mulher pela região.
Mesmo que você não tenha passagem marcada para a Provença vale a pena ler: tem um estilo muito próprio, escreve bem (ele era publicitário), tem belas sacadas e tiradas, humor sofisticado e na medida. Enfim sou fã, me divirto muito, nos faz viajar a cada leitura. Vários títulos "Encore Provence", "Toujours Provence", "Lições de Francês: aventuras de garfo, faca e saca-rolhas" . Boa leitura e ganhe um tour virtual!
Por muitos anos moraram perto da cidade de Ménerbes e hoje moram em Lourmarin . "Para mim, nada chega perto da Provence" ...(PM)
Deixamos o MH no estacionamento porque a cidade que vamos conhecer não permite veículos, além de estar encarapitadíssima na montanha
Essa região tão calma, hospitaleira e relaxante em outras épocas teve dias agitados: as guerras de religião não poupou vila nenhuma. Estragos para todos os lados: católicos, judeus e protestantes.
A entrada da vila |
Praça principal com restaurantes, cafeteria, lojinha |
Tomamos café porque ainda vamos passar por várias cidades
Ménerbes; Bonnieux, com sua igreja do século 12; Lacoste e as ruínas do castelo do Marquês de Sade.
A cidade que nos chama é Lourmarin : o guia nos assegura que o camping est ouvert... Vamos conferir!
Hora do lanche ...
Será que é comestível? Com essa cor chamativa sei não! Na temporada dos cogumelos se tiver dúvidas leva à farmácia mais próxima e eles te dirão: "Pode comer" ou "Se comer, morre!" |
O camping fechou essa semana ... já está escurecendo, resolvemos ir para Avignon e as estradinhas de noite não são muito amistosas.
Fizemos stop de novo em Cavaillon para comprar uns acepipes na padaria. Não nos arrependemos e comemos o que compramos ali mesmo no balcão.Avignon quase 20:00 hs, cidade "grande" +- 100.000 habitantes.
Fica o gosto de "quero-mais" do que vimos hoje!
Boa noite!
Camping Pont du Avignon, domingo, chuvoso: não tiramos o nariz de casa. Fizemos nada o dia todo; comer. beber, dormir e admirar um ao outro ...
Avignon : em 1309 conflitos entre as "facções" da igreja em Roma e com apoio do Filipe IV, da França, o Papa Clemente V transferiu a "corte" papal para cá. Permaneceu até 1377, tempo suficiente para transformarem o modesto prédio episcopal no ''Palais des Papes" , talvez a atração mais visitada da Provença.
O palácio foi projetado como forte imbatível e cobria uma área de 15.000 m². Até sobreviveu aos ataques de mercenários, mas as obras de arte e mobiliário não sobreviveram aos saques e ataques após a Revolução Francesa (ocorreram "barbaridades" sempre em nome do "povo").
De toda forma o luxo e o fausto não condiziam com os valores primordiais da igreja. Sete Papas reinaram em Avignon, seguidos de 3 "antipapas" ... nenhum desses ficou conhecido pela sua santidade.
Clemente VI "dizia" que o luxo era a melhor forma de honrar Deus. Ah! Tá!
Outro Clemente, o V, morreu comendo esmeralda em pó: prescritas como cura para indigestão ... só gente boa! e preocupada com o seu "rebanho" na terra.
Rio Rhône e os barcos de cruzeiro
Muralhas, ruelas, escadarias
Placa em frente à Estação Ferroviária: viemos comprar passagem de trem para Aix-en-Provence para amanhã
Jardim vertical na entrada do Mercado Público
Estátuas "vivas" de vez em quando nos confundem
Não sei exatamente o nome, mas é um "alambique" para destilar o óleo essencial da lavanda (+- assim)
Outro ponto de visitação imperdível é o que restou da Ponte de St-Bénezet : na foto abaixo pode-se ver que ela vai até o meio do rio.
Foi construída de 1171 a 1185 e tinha originalmente 22 arcos. Onde hoje está o camping é uma ilha que dividiu o Rhône em dois braços.
Após várias enchentes em 1668 os arcos foram caindo e a ponte abandonada.
A Capela de St-Nicolas fica em um dos arcos e ocupa 2 andares
Há uma canção folclórica muito conhecida "Sur le Pont d'Avignon". Nos antigamentes as pessoas bailavam e festavam ali.
Paga-se para passear na ponte, pode-se andar sobre um trecho da muralha, na torre tem exposição explicativa, maquetes e amostra do projeto para tornar a ponte "realidade" em 3D. Não vão reconstruir mas você vai poder ver como era ... !!!!
Na têrça, dia 22 vamos cumprir o ritual de andar de trem. A estação do TGV fica fora do centro, deixamos as bicis no ponto e fomos de navete até a Gare.
De TGV não deu nem prá sentir a viagem: em 18' já estávamos em Aix
Demoramos mais para chegar ao centro de navete novamente.
Vamos aos dados: Aix-en-Provence , fundada pelos ... romanos em 103 a.C., mas com muita vitalidade, juventude, beleza, cor e movimento.
Seu filho mais famoso? Paul Cézanne ! Nasceu em 1839 e seu estúdio está preservado desde sua morte, em 1906. E as paisagens que tanto retratou? Todas lá.
O Monte Ste-Victoire fica a 15 km a leste de Aix e nos últimos tempos foi a obsessão de Cézanne, entre telas e desenhos foram mais de 80 trabalhos.
A letra C em dourado no chão nos leva aos vários locais que tem a ver com sua história.
A casa onde morreu ... não fomos visitar o cemitério, sem tempo hábil
A Avenida Cours Mirabeau é considerada por muitos a mais bonita "do mundo"! Chegamos em dia de feira, daquelas de "um tudo" ...
Aix=Água também é conhecida por suas fontes: legado dos romanos. Antes da era dos encanamentos domiciliares a população tinha a seu dispor mais de 100 fontes, muitas com águas quentes. Essa aí (não parece mas é) junto ao sanfoneiro ainda é de água quente ...
Porque alguns consideram a Cours Mirabeau linda!
Minhas considerações: tem um passeio para pedestres considerável, ninguém precisa pedir licença para flanar calmamente; arborizada; de um lado temos os cafés com mesas e cadeiras na calçada, restaurantes, livrarias e sorveterias, do outro instalados em casarões do século 17 :bancos, lojas, galeria de arte. Os carros? Ah! eles uma faixa bem estreitinha, no centro da rua, sem direito a estacionar e com o dever de parar se algum pedestre desavisado ou admirador da paisagem chegar perto...!
Eleito por nós o "Melhor Capuccino"
Felizes da vida! Motivos não faltam, heim bem!!
Aix atingiu seu auge como centro cultural na "gestão" do Rei René "O Bom", no século 15.
Torre do relógio, do início de 1500 e o Relógio astronômico é de 1660
L A V A N D A
Calissons: docinhos de amêndoa em formato de navete
E para terminar igrejas
Catedral de St-Sauveur, século 13 e abaixo o Batistério da Era Merovíngia (+- anos 600)
E para completar a "salada" de estilos: claustros românicos
Está na hora de partir, o bate-e-volta tem hora marcada; o TGV não espera ninguêm. Tô indo ...
A cada esquina dobrada um recanto encantador
De novo para as despedidas ... cidade com 140.000 habitantes mas com jeitinho de "vila". Amamos! E como diz o gaúcho "Anonymus Gourmet" : "Voltaremos!"
E por falar em gaúcho ... Porto Alegre, de 01 a 17 de novembro, está de novo nas praças e ruas a "59ª feira do Livro". Ainda bem que vai dar tempo de dar uma "sapiada" nos baús de ofertas !
E falando em Sul, em festa, lembro que no Morro Reuter (nossa cidade por adoção), de 14 a 17 de Novembro ocorre a "2ª Festa da Lavanda". Nossos votos aqui de longe: que seja tão organizada, competente e bonita quanto a primeira.
A volta para Avignon foi mais demorada (que bom!). Fomos de trem "normal" para Marselha e de lá pegamos o TGV para Avignon.
Que inveja desse povo que tem trem à vontade. Trens, rápido ou demorado, segunda classe ou primeira, o que é importante: ser trem! Uma das viagens que está em nossa listinha é o Expresso Transiberiano, coisa pouca, 9.300 km, atravessando 8 fusos horário. Chegaremos lá também!
Vamos descansar e amanhã visitamos o Palais des Papes
Tem o Palais Vieux, de 1334-43, mais simplesinho, de Benedito XII e o luxo do Palais Neuf, de Clemente VI (o que dizia que o luxo era para honrar Deus, não era para ele), de 1342-52.
Grand Tinel, o Hall de Banquetes : aqui os cardeais se reuniam para eleger o novo papa.
A Grande Capela tem 20 mts de altura com uma área de 780 m²
Aqui de cima temos belas vistas de Avignon
O Palácio tem 10 torres, sem diferença alguma de um edifício militar
Dá para perceber as estátuas decapitadas depois da Revolução Francesa
Aqui era a Sala de Audiências, onde o Tribunal se reunia
Na parte mais alta tem a cafeteria "Le Cafe Terrasse des Grands Dignitaires" e a visita termina obrigatoriamente na lojinha de recuerdos
Visitamos também o Arquivo Municipal
160 é o número de prédios de Avignon inscritos ou classificados como Monumento Histórico dentro dos 43.000 monumentos da França
Marca das grandes enchentes do Rio Rhône. Atualmente quase não há problemas: desde 1948 o governo construiu barragens, eclusas, canais e usinas hidrelétricas, tornando-o navegável para carga e turismo
Outro local interessantíssimo é a Rue des Teinturiers = Tintureiros
Ainda restam esses moinhos d'água usados no processo de estampagem e lavagem dos tecidos
Rua charmosa, com cafés, restaurantes, galerias de arte, árvoredo e cigarras (esqueci de falar sobre as cigarras, tem zilhões nessa época, nas lojas de souvenirs vende cigarras, é só dar corda e elas começam a cantoria), igrejas, casas com pontezinhas ... está em remodelação de piso e outras obras.
Tinturaria eu não vi ...
Não sei exatamente o que significa esses canos em volta das árvores, mas alguém fez uma graça e colocou uma foto das "mulheres-girafa" da Tailândia
Mais uma bicicletada e parada no Museu de História Natural
Tiranossauro Rex
Olha o tamanho desses barcos de cruzeiro! Descem e sobem os Rios Rhône=Ródano, Rhin=Reno, Mosela (Alemanha), entre outros. Estamos xeretando as cabines!
Amanhã partimos de Avignon ... cidade com 5.000 anos de história e um conjunto monumental único não se desvenda com 3 pernadinhas, mas sentimos o clima. Tchau.
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