320 km e um novo país - Letônia=Latvija (LV), o país do Pinho-de-Riga
802 anos de história...igreja de 1211, castelo de 1330.
Renda per capita U$ 15.000.
Íamos fazer mais uma parada na Lituânia em direção à praia, mas desistimos.
Antes da fronteira gastamos nossos dinheiros - zlotys: em dois pães com salsichas, de respeito e o restante colocamos diesel.
A travessia de um país ao outro continua sem incidentes nem problemas e a paisagem segue plana, muito plana.
O que nos chamou a atenção foi de novo as cegonhas. Só que aqui quase não vimos ninhos. Muitas delas, verdadeiras convenções, ciscando, voando e ninho nada.
A Letônia é outra integrante dos Tigres Bálticos, pertence à Comunidade Européia mas não usa o euro. Aqui o $$ é o LAT, mais caro que o euro: 1 Lita = 1,42 euros.
Riga já esteve sob o jugo de Alemanha, Polônia, Suécia e Rússia...aqui é cobra engolindo cobra!
O resultado é prestar atenção em toda a influência que cada povo deixou na arquitetura (principalmente) e na cultura do povo letão.
O idioma letão, assim como o lituano, vem de filiação linguística indo-européia muito antigas.
Na Idade Média a cidade monopolizava o comércio do norte da Europa e o Báltico (entre os séculos 12 e 17).
Um fato importante e interessante a ressaltar: antes da independência das 3 Repúblicas Bálticas, em 1989 fizeram uma corrente humana, unindo as 3 capitais (Vilnius, Riga e Tallin), com 600 (seiscentos) km e com 2 MILHÕES de pessoas dando as mãos. Cada vez que imagino essa cena fico arrepiada. Pelo que vi no Google só teve uma maior que essa nos EUA.
Nesses 23 anos de independência recuperaram muitos monumentos históricos, cresceram economicamente e estão se preparando para ser um polo de atração turística consistente.
O camping fica bem perto do Centro Histórico, quase lotado, estacionamos um pouco fora da área dos MH, campistas de "segunda linha", mas perto da área dos banheiros e duchas. Tudo bem!
Quando o sol baixou um pouco saímos para fazer um reconhecimento. Mesmo que quiséssemos não poderíamos pegar bus: falta de $$$. São 2,5 km...
Atravessamos a ponte estaiada sobre o Rio Daugava e passamos em frente ao Castelo. Em restauração mas já perdeu todas as características medievais, abriga alguns museus e o presidente da Letônia o usa como escritório e para eventos.
Nos embrenhamos pelas ruas, ruelas, igrejas luteranas e católicas, bares e restaurantes com mesas e cadeiras nas calçadas. Alguns muito elegantes, com sofás, aquecedores, cobertinhas para as pernas.
Aqui há a "Casa dos Gatos": diz a lenda: antigo comerciante não foi admitido na poderosa associação comercial da época. Ele instalou no telhado de sua casa 2 gatos pretos com a cauda levantada de costas para seus inimigos. Quando foi admitido, os gatos foram desvirados, hoje é atração turística e vemos gatos em vários lugares.
A população da Letônia é em sua maioria luterana; a da Lituânia católica. Mas há para todas as fés. Como na Lituânia, as igrejas mudavam de acordo com a época, com os interesses e as ordens. Principalmente na época da Reforma os Estados decidiam se era melhor seguir a nova religião ou se continuavam seguindo o Papa. Porisso sempre rola uma confusão quando entramos em alguma igreja, tem que procurar informações, ler, para saber o tipo da igreja.
Riga assolada por guerras e incêndios, teve seu centro histórico reconstruído na época que o estilo art-nouveau imperava e hoje possui mais de 700 edifícios no estilo e tombados pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Teve inclusive como arquiteto Mikhail Eisenstein, pai do cineasta russo Sergei Eisenstein.
Na Praça da Prefeitura tem 2 edifícios belíssimos: a casa das Confrarias dos Cabeças Negros, símbolo do passado hanseático, só faziam parte homens solteiros comerciantes e homenageiam São Maurício, o primeiro santo negro.
Andamos por 80% da cidade antiga e amanhã vamos voltar para entrar em algumas ... igrejas.
Paramos num bar com música ao vivo, para tomar cerveja e cidra e pesticar. Tocava um grupo russo animadíssimo, de onde era, quem são não sei. O máximo de informação que sabemos é isso: eram russos. Até nós dançamos e o Silvano arriscou "frevo" em ritmo russo. Foi ótimo!
Compramos pão, voltamos para casa e dormimos cedo 00:30.
Até amanhã e beijos.
802 anos de história...igreja de 1211, castelo de 1330.
Renda per capita U$ 15.000.
Íamos fazer mais uma parada na Lituânia em direção à praia, mas desistimos.
Antes da fronteira gastamos nossos dinheiros - zlotys: em dois pães com salsichas, de respeito e o restante colocamos diesel.
A travessia de um país ao outro continua sem incidentes nem problemas e a paisagem segue plana, muito plana.
O que nos chamou a atenção foi de novo as cegonhas. Só que aqui quase não vimos ninhos. Muitas delas, verdadeiras convenções, ciscando, voando e ninho nada.
A Letônia é outra integrante dos Tigres Bálticos, pertence à Comunidade Européia mas não usa o euro. Aqui o $$ é o LAT, mais caro que o euro: 1 Lita = 1,42 euros.
Riga já esteve sob o jugo de Alemanha, Polônia, Suécia e Rússia...aqui é cobra engolindo cobra!
O resultado é prestar atenção em toda a influência que cada povo deixou na arquitetura (principalmente) e na cultura do povo letão.
O idioma letão, assim como o lituano, vem de filiação linguística indo-européia muito antigas.
Na Idade Média a cidade monopolizava o comércio do norte da Europa e o Báltico (entre os séculos 12 e 17).
Um fato importante e interessante a ressaltar: antes da independência das 3 Repúblicas Bálticas, em 1989 fizeram uma corrente humana, unindo as 3 capitais (Vilnius, Riga e Tallin), com 600 (seiscentos) km e com 2 MILHÕES de pessoas dando as mãos. Cada vez que imagino essa cena fico arrepiada. Pelo que vi no Google só teve uma maior que essa nos EUA.
Nesses 23 anos de independência recuperaram muitos monumentos históricos, cresceram economicamente e estão se preparando para ser um polo de atração turística consistente.
O camping fica bem perto do Centro Histórico, quase lotado, estacionamos um pouco fora da área dos MH, campistas de "segunda linha", mas perto da área dos banheiros e duchas. Tudo bem!
Quando o sol baixou um pouco saímos para fazer um reconhecimento. Mesmo que quiséssemos não poderíamos pegar bus: falta de $$$. São 2,5 km...
Atravessamos a ponte estaiada sobre o Rio Daugava e passamos em frente ao Castelo. Em restauração mas já perdeu todas as características medievais, abriga alguns museus e o presidente da Letônia o usa como escritório e para eventos.
Nos embrenhamos pelas ruas, ruelas, igrejas luteranas e católicas, bares e restaurantes com mesas e cadeiras nas calçadas. Alguns muito elegantes, com sofás, aquecedores, cobertinhas para as pernas.
Aqui há a "Casa dos Gatos": diz a lenda: antigo comerciante não foi admitido na poderosa associação comercial da época. Ele instalou no telhado de sua casa 2 gatos pretos com a cauda levantada de costas para seus inimigos. Quando foi admitido, os gatos foram desvirados, hoje é atração turística e vemos gatos em vários lugares.
A população da Letônia é em sua maioria luterana; a da Lituânia católica. Mas há para todas as fés. Como na Lituânia, as igrejas mudavam de acordo com a época, com os interesses e as ordens. Principalmente na época da Reforma os Estados decidiam se era melhor seguir a nova religião ou se continuavam seguindo o Papa. Porisso sempre rola uma confusão quando entramos em alguma igreja, tem que procurar informações, ler, para saber o tipo da igreja.
Riga assolada por guerras e incêndios, teve seu centro histórico reconstruído na época que o estilo art-nouveau imperava e hoje possui mais de 700 edifícios no estilo e tombados pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Teve inclusive como arquiteto Mikhail Eisenstein, pai do cineasta russo Sergei Eisenstein.
Na Praça da Prefeitura tem 2 edifícios belíssimos: a casa das Confrarias dos Cabeças Negros, símbolo do passado hanseático, só faziam parte homens solteiros comerciantes e homenageiam São Maurício, o primeiro santo negro.
Andamos por 80% da cidade antiga e amanhã vamos voltar para entrar em algumas ... igrejas.
Paramos num bar com música ao vivo, para tomar cerveja e cidra e pesticar. Tocava um grupo russo animadíssimo, de onde era, quem são não sei. O máximo de informação que sabemos é isso: eram russos. Até nós dançamos e o Silvano arriscou "frevo" em ritmo russo. Foi ótimo!
Compramos pão, voltamos para casa e dormimos cedo 00:30.
Até amanhã e beijos.
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| reparem na data ... 1225 |
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| Muralhas reconstruídas |
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| Arsenal da Pólvora, hoje Museu da Guerra |
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| Casa dos Gatos |
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| O detalhe para deixar mais elegante a calha de água |
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| Igreja de S. Pedro, séc. 13. Reconstruída em 1973 |
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| Casa das Confrarias dos Cabeças Negras |
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| Museu da Ocupação Soviética: bem contrastante com a Praça, mas penso que a ideia era essa mesmo |
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| Estátua de Rolando |
Um comentário:
realmente a cidade é muito bonita e charmosa!! adorei os gatinhos no telhado!!
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