09.09.2011
Mais um dia puxado na quilometragem: 400 e pouquito. Esse Brasilzão é grande demais e os esticões são cansativos (de MH claro, de carro 450 km é um corisco....).
Por vezes fico com vontade de dirigir mas os trechos são bem diversificados, tanto pela qualidade da estrada e tanto quanto ao movimento. Fico com muito receio e vou adiando.
Essa região é uma área de transição entre o cerrado e a caatinga. Hoje vimos grandes pastagens, grande é pouco, imensas com pouca água, pois os aguaderos já estão quase todos secos. Aos poucos a paisagem foi se aplainando, com montanhas muito longe. A questão das queimadas é cultural e a maior porcentagem de todas as queimadas é proposital. Sempre foi feito assim, os antigos diziam e ainda dizem que é a melhor maneira de renovar o solo. Em tese o Ibama até autoriza as queimadas se forem tomados todas as medidas de prevenção. Mas euzinha aqui du-vi-de-ó-dó que pedem autorização, principalmente os pequenos. E essa época é o auge no calendário das queimadas porque em outubro começa a estação chuvosa até março.
Na hora do almoço chegamos a Natividade, 10.000 hab., 1735, da época da mineração de ouro, com a chegada dos portugueses e bandeirantes.
Cidade tombada pelo IPHAN em 1987. Casario lusitano, ruelas e praças bem conservadas e bonitas. O Centro Histórico bem estruturado com totens de informação histórica/turística, museu, igrejas. Mas... era 1 hora da tarde, estava tudo fechado e um calor de assustar beduínos. É praxe não encontrar ninguém nas ruas. Também vão fazer o quê nesse solaço!
Natividade tem as ruínas da Igreja N.Sra. do Rosário dos Pretos. Uma obra inacabada mas de uma beleza ímpar, arcos das portas laterais com influência mourisca. Se na época tivesse sido terminada seria a maior igreja da Freguesia de Goiás. Essa igreja participou do concurso que escolheu as 7 maravilhas do Brasil (ainda não vi em que posição ficou).
Tem também o Mestre Juvenal que trabalha com jóias em ouro e prata,mas não o vimos.
Outra coisa bem característica de Natividade é a fábrica de biscoitos de Tia Naninha: amor-perfeito. Não sei explicar mas a base é polvilho e é muito bom, ainda mais com um cafézinho.
Almoçamos salada no MH e partimos, tinha muito chão para rolar.
Saindo de Natividade começa a Estrada Coluna Prestes: foi por essa região que em 1924-25 os homens liderados por Luis Carlos Prestes marcharam Brasil adentro, milhares de quilômetros, a pé e a cavalo, em violentos combates.
No meio do caminho tem SILVANÓPOLIS. Silvano sentiu-se entre os seus.Parou no trevo, fez pose junto à placa e ... acabou a bateria da máquina...Ficou fulo da vida: que era a única foto que queria etc. etc. Pelo jeito vai ficar no baú de mágoas...
Outra cidade do roteiro é Porto Nacional, de 1831, à beira do Rio Tocantins que na verdade já faz parte do Lago da Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães.
Abastecemos, fui ao banco, falei com a Ivy.
40 km depois chegamos a Monte do Carmo. Falta 92 para a entrada do Jalapão: Ponte Alta do Tocantins, mas já era de noite e a estrada é muito perigosa, curvas, precipícios e bonita para passar por ela a noite.
Paramos na praça em frente a Igreja de N.Sra. do Rosário, 1801. Silvano foi conversar com o dono da sorveteria e conseguiu a energia e água da creche da prefeitura que fica ao lado, com a diretora.
Antonia nos proporcionou o que precisávamos: bom lugar, energia e se preciso água. Ela é geógrafa de formação e sua irmã é bibliotecária em Palmas.
Nos disseram que havia missa 19:30. Nos banhamos e lá nos dirigimos, mas não havia missa. O diácono Marcos (vai ser ordenado padre em 2 meses) estava lá fora de conversê e nos "inserimos" no papo. Ele é jovem, carioca e cheio de ideais e boa vontade.
Sem missa fomos atrás de conforto material: procurar onde jantar.
Nos indicaram a casa da Val e dou um doce se adivinharem o que comemos: bife, arroz, feijão tropeiro, vinagrete e mandioca. Bem Bom.
Tomamos sorvete e fomos prá casa dormir. Sem claro, sem oi, sem @...
Beijos e até amanhã.
Mais um dia puxado na quilometragem: 400 e pouquito. Esse Brasilzão é grande demais e os esticões são cansativos (de MH claro, de carro 450 km é um corisco....).
Por vezes fico com vontade de dirigir mas os trechos são bem diversificados, tanto pela qualidade da estrada e tanto quanto ao movimento. Fico com muito receio e vou adiando.
Essa região é uma área de transição entre o cerrado e a caatinga. Hoje vimos grandes pastagens, grande é pouco, imensas com pouca água, pois os aguaderos já estão quase todos secos. Aos poucos a paisagem foi se aplainando, com montanhas muito longe. A questão das queimadas é cultural e a maior porcentagem de todas as queimadas é proposital. Sempre foi feito assim, os antigos diziam e ainda dizem que é a melhor maneira de renovar o solo. Em tese o Ibama até autoriza as queimadas se forem tomados todas as medidas de prevenção. Mas euzinha aqui du-vi-de-ó-dó que pedem autorização, principalmente os pequenos. E essa época é o auge no calendário das queimadas porque em outubro começa a estação chuvosa até março.
Na hora do almoço chegamos a Natividade, 10.000 hab., 1735, da época da mineração de ouro, com a chegada dos portugueses e bandeirantes.
Cidade tombada pelo IPHAN em 1987. Casario lusitano, ruelas e praças bem conservadas e bonitas. O Centro Histórico bem estruturado com totens de informação histórica/turística, museu, igrejas. Mas... era 1 hora da tarde, estava tudo fechado e um calor de assustar beduínos. É praxe não encontrar ninguém nas ruas. Também vão fazer o quê nesse solaço!
Natividade tem as ruínas da Igreja N.Sra. do Rosário dos Pretos. Uma obra inacabada mas de uma beleza ímpar, arcos das portas laterais com influência mourisca. Se na época tivesse sido terminada seria a maior igreja da Freguesia de Goiás. Essa igreja participou do concurso que escolheu as 7 maravilhas do Brasil (ainda não vi em que posição ficou).
Tem também o Mestre Juvenal que trabalha com jóias em ouro e prata,mas não o vimos.
Outra coisa bem característica de Natividade é a fábrica de biscoitos de Tia Naninha: amor-perfeito. Não sei explicar mas a base é polvilho e é muito bom, ainda mais com um cafézinho.
Almoçamos salada no MH e partimos, tinha muito chão para rolar.
Saindo de Natividade começa a Estrada Coluna Prestes: foi por essa região que em 1924-25 os homens liderados por Luis Carlos Prestes marcharam Brasil adentro, milhares de quilômetros, a pé e a cavalo, em violentos combates.
No meio do caminho tem SILVANÓPOLIS. Silvano sentiu-se entre os seus.Parou no trevo, fez pose junto à placa e ... acabou a bateria da máquina...Ficou fulo da vida: que era a única foto que queria etc. etc. Pelo jeito vai ficar no baú de mágoas...
Outra cidade do roteiro é Porto Nacional, de 1831, à beira do Rio Tocantins que na verdade já faz parte do Lago da Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães.
Abastecemos, fui ao banco, falei com a Ivy.
40 km depois chegamos a Monte do Carmo. Falta 92 para a entrada do Jalapão: Ponte Alta do Tocantins, mas já era de noite e a estrada é muito perigosa, curvas, precipícios e bonita para passar por ela a noite.
Paramos na praça em frente a Igreja de N.Sra. do Rosário, 1801. Silvano foi conversar com o dono da sorveteria e conseguiu a energia e água da creche da prefeitura que fica ao lado, com a diretora.
Antonia nos proporcionou o que precisávamos: bom lugar, energia e se preciso água. Ela é geógrafa de formação e sua irmã é bibliotecária em Palmas.
Nos disseram que havia missa 19:30. Nos banhamos e lá nos dirigimos, mas não havia missa. O diácono Marcos (vai ser ordenado padre em 2 meses) estava lá fora de conversê e nos "inserimos" no papo. Ele é jovem, carioca e cheio de ideais e boa vontade.
Sem missa fomos atrás de conforto material: procurar onde jantar.
Nos indicaram a casa da Val e dou um doce se adivinharem o que comemos: bife, arroz, feijão tropeiro, vinagrete e mandioca. Bem Bom.
Tomamos sorvete e fomos prá casa dormir. Sem claro, sem oi, sem @...
Beijos e até amanhã.
Natividade - Ig. N.Sra.Rosário dos Pretos
Praça da Ruína
Biscoito Amor-perfeito
Padre Marcos e Silvano
ig. N.Sra. do Rosário
Um comentário:
nossa, que graça de cidade!!
Postar um comentário