domingo, 14 de julho de 2013

02 e 03.07.13 - Dias 77 e 78 - Rovaniemi (FIN) - Javre - Timrá (S)

3a. feira, dia de visitar o Papai Noel e"pular" o Círculo Ártico...
Fechamos as contas no camping, enchemos os galões de água, etc, etc e partimos.
8 km adiante da cidade chegamos na vila onde reside o bom velhinho. Entramos na casa dele, enfrentamos a fila, subimos as escadas e na hora H voltamos para trás...cada um que adentrava no recinto particular tirava fotos com ele e logicamente tinha que pagar...desistimos da fila.

Querendo levar o trenó do "velho" já preparado para a primeira entrega em dezembro

O que tem por ali é uma infinidade de lojinhas vendendo coisas, coisinhas e quinquilharias baratas e caras. Uma loja entra por dentro da outra e quando se percebe virou um labirinto e sente-se cercado e sufocado por souvenirs.

Passamos na Oficina Postal, onde as cartas enviadas do mundo todo são lidas, contabilizadas e depois agrupadas em lotes de 10 e são vendidas para fazer caixa para ajudar crianças por esse mundão afora. Por ali ficam as exóticas: cartas com quilômetros de comprimento, com histórias diferenciadas, com formatos diferentes.
Mas as pessoas levam a sério essa história de enviar postais de lá com o sêlo característico do Papai Noel. Para não dizer que somos diferentes também enviamos postais de lá.



Aproveitei que ele estava atendendo e descansei um pouco


Depois fomos até a linha traçada no chão representando o Círculo Polar Ártico e fica aquela palhaçada de pular e o outro fotografar, ainda bem que TODOS tentam fazer a mesma coisa. Forma-se uma "filinha" porque todos querem ter exclusividade sobre a linha na hora da fotografia. Sempre queremos ser especiais e diferentes e acabamos exatamente iguais uns aos outros!!





Eu não dou conta de pular...





Fomos embora porque hoje tem muito chão pela frente...400 km, já na Suécia.
Na verdade eu me senti enganada quanto ao tamanho desses países da Escandinávia. Eles são bem grandes, não tinha me dado conta e agora com tantos quilômetros pela frente fomos fazer a lição de casa e descobrimos, por exemplo, que a Suécia é o terceiro maior país da União Européia, com 450.295 km²: só perde para a França e Espanha. 
Então vamos circundar todo o Golfo de Botnia até chegarmos a Estocolmo, serão dias de asfalto com poucas paradas.
O que está acontecendo é que nosso tempo de 90 dias permitido ficar por aqui está se extinguindo. Temos que dar um "rapidão" para chegar na Grã-Bretanha.
Já resolvemos que vamos "enforcar" a Noruega, fica para a próxima.
Antes de sairmos de Rovaniemi fomos ao mercado abastecer a despensa, trocar as garrafas pet/latinhas e almoçar.


No mercado trocando as latinhas por vale-compras

Com tudo isso colocamos o pé na estrada 14:00 hs. 
O dia estava ventoso que fazia dó! O MH balançava e foi mais uma desculpa para não dirigir. Além do mais estou com uma dor no quadril que não sei de onde surgiu, dói um bocado e estou começando a ficar assustada.
Quando passamos na fronteiras Finlândia-Suécia paramos para tentar fazer câmbio mas não conseguimos. O dinheiro é a Coroa Sueca: 1 euro vale 8,80 SEK...e outro problema enfrentado foi com o abastecimento de diesel. Já contei que é tudo você que faz na hora de abastecer e aqui nem tem o caixa para receber o dinheiro. É só no cartão de crédito, e aí além do câmbio teremos que morrer com o IOF de 6,38% para sustentar aquele monte de ministros da D.Dilma.
Na verdade só usamos cartão de crédito quando não tem outra forma e pelo jeito aqui vamos ter de usá-lo várias vezes. Fico brava de pagar taxa, sobretaxa e impostos...


Misto de carrinho-bicicleta: rimos muito imaginando um apetrecho desses em nossas estradas: viraria "pastel" muito rapidamente...
Resolvemos que íamos dormir em alguma parada de estrada, assim economizamos algum e amanhã ganhamos tempo porque vamos andar muito também.
Paramos em Javre, com bom banheiro e água potável. É na verdade um paradouro para descanso dos motoristas, mas pode-se perfeitamente dormir nesses lugares sem neuras nem traumas. Além do mais não escurece o que diminui ainda mais a sensação de insegurança. Na verdade o medo é exclusivo meu, a toa. É quase nula a possibilidade de algum problema.
Jantamos, deitamos e a minha dor tornou-se companheira de todas as horas! 







Tem pasta do que vc imaginar: bacon, presunto, cogumelos, picles, salame ...

Brasilidades
Hoje a noite já foi um pouquinho mais escura ....
Na quarta-feira rodamos 420 km, quem pensa em termos de carro acha que é moleza, mas de MH é muito demorado e cansativo. O carro anda na média de 80 por hora e muitas vezes anda menos, então são muitas horas de direção. Mesmo que as estradas sejam boas é duro!
Paramos em dois locais para visitar:
Bygdea, com igreja medieval, documentos comprovantes de 1314. A primeira era em madeira, mas ainda tem resquícios na sacristia. Possui esculturas, púlpito e crucifixo de madeira, de priscas eras.
Em 2002 houve um roubo, na noite de 24 para 25 de setembro e levaram castiçais, crucifixo, esculturas, pintura em óleo sobre tela. Um tempo depois foi localizado na Espanha algumas peças. Mas eles tem o sentimento de que a procura não foi feita com muito empenho. Mesmo assim a igreja continua aberta durante o dia, com todas as informações que você precisa. Nos jardins, muito grandes, estão enterradas as pessoas da comunidade.










Visitamos também o Museu em uma casa que retrata como era o interior nos séculos passados.
Um local bonito, cuidado, arrumado mas quase não vimos pessoas na rua.



Já existia sofá-cama...de dia sala, de noite ...

A cor vermelha impera

Dali fomos por estradinha secundária para Ratan...preocupados porque o diesel estava no fim. Pronto, já me deu dor de cabeça de nervoso. Na verdade o Silvano havia parado em um posto mas só trabalhava com cartão de crédito e a gente não quis usar. Enquanto fomos procurar outro ela chegou ao fim.
Se acabar na estrada secundária ainda está bem, o problema é se isso ocorrer na estrada...seremos penalizados...
Em Ratan também não havia diesel!!
Almoçamos na beira do mar, sol, vento e céu azul! Esse local tem vários sítios arqueológicos interessantes.
Possui também um mareógrafo, aparelho que mede e prova que por ali a terra continua a subir espremida pelas geleiras...nem me perguntem exatamente como é isso. Sei que medições das rochas a beira-mar o provam!


Voltamos para a estrada principal e nem respirávamos para economizar combustível e quando eu já não via mais remédio apareceu um posto. Tivemos que morrer com o cartão de crédito, aqui na Suécia será assim: além de pagar o diesel caro ainda tenho que ajudar a Dilma com os 6,38 de IOF (acho que já comentei sobre isso).
Devia ter 10 gotas de diesel no tanque! Ufa! Sorte do Silvano que não precisou ir de bicicleta procurar o dito cujo!
Passado o sufoco paramos em uma praia, a comunidade cuida dos apetrechos com carinho: banheiros, bancos, parquinho, pier. Tem uma lista na parede com os nomes dos responsáveis de cada dia para ver se a praia está a contento.
Já que estava tudo ok, Silvano aproveitou e já levou o sabonete, shampoo e fez o serviço completo depois de nadar um pouco. 


Banheiro feminino

Decoração do banheiro: foto da família real


Seguimos a viagem pois ainda faltava 180 km e já passava das 17:00.
Em Harnosand entramos e fomos até o camping: longe, caro e não aprazível.
Resolvemos dormir na estrada de novo.
Fiz o jantar, o céu ficou alaranjado por volta de meia-noite e depois escureceu um pouco. À medida que descemos teremos alterações.
O dia hoje foi corrido, passamos por muitos fiordes, muito vento e o terreno com subidas e descidas. Como subimos muito os fiordes são bem profundos. 



Paradouro de estrada
  


      

Um comentário:

Inara disse...

que mimosa na cadeira do Papai Noel!! hehehe...

que legal vcs chegarem tão longe assim!!

saudades mil!

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