Dia 46 - Via São Brás de Alportel, Estoi, Milreu, Almancil
Nossa ideia era subir um pouco as serranias e conhecer algumas cidades que já havia visto nas imobiliárias com casas para alugar. Só conhecer o clima e o astral da cidade, não ir atrás de nada específico ... São Brás, com calçada romana; Santa Bárbara, Loulé ...
Seguindo informações do guia fomos para Estoi ... um vilarejo muito calmo e com 2 atrações "imperdíveis".
Palácio de Estoi um exemplo de exagero rococó, único na região. O palácio é fruto da imaginação de um nobre local, que morreu logo após o início da construção, em meados da década de 1840. Outro endinheirado local comprou a propriedade e completou a construção em 1909. Naqueles tempos ostentação e dinheiro sempre rendiam títulos nobiliárquicos e ele se tornou Visconde de Estoi.
O arquiteto Domingos da Silva Meira, apaixonado por esculturas, foi quem supervisionou a obra e seu interesse se vê por todas as partes do palácio.
Em alguma época a Câmara Municipal de Faro era a dona do palácio. Desde 2009 é a Pousada do Palácio de Estoi. As novas instalações da Pousada não descaracterizaram o edifício: spa, piscinas, apartamentos novos.
Aos não-hóspedes concedem a gentileza de darmos um "vistaço" aos salões e comprovar o rococó das paredes e tetos
Os jardins merecem destaque à parte, apesar de não estar com aparência dos seus melhores dias, mas são majestosos de toda forma.
Fontes com ninfas, esculturas, laranjeiras, pavilhão com vitrais, azulejos ... distribuídos em vários níveis
A Capela do Palácio também merece a visita, abaixo o teto
Visita terminada ... uma volta pela cidade
Compramos pão e conhecemos um italiano, casado com portuguesa, apaixonado pela região, que tem uma lojinha e explica sobre todos os itens : vinhos, queijos, mel, temperos, mobiliário.
Compramos "Licor de Medronho", fruto do medronheiro e Patê de figo com azeitonas pretas .. muito bom e a romã "roubamos" na beira da estrada (se soubéssemos que ela estaria deliciosa, teríamos pego mais ...
Almoçamos no estacionamento do Palácio antes de ir para a próxima atração de Estoi ... separadas por 1 km e 1.800 anos ...
Milreu : conjunto romano, datado do século I ou II d.C. e que foi habitada de forma contínua até o século X.
Mosaicos de peixes enfeitam as termas ao lado dos alojamentos
Milreu é a memória de uma família abastada. Em finais do século III a casa foi reorganizada em torno de um grande peristilo=corredor aberto lateralmente com colunas, rodeando um pátio, igualmente aberto com jardim e tanque de água.
Essa casa atual é do século XV
Com a construção a entrada da vila se sofisticou e as termas foram embelezadas com mosaicos representando a fauna marinha. Veja o tamanho das colunas ...
Ao sul da vila edifício de culto à divindade aquática ou à água - é a dedução dos arqueólogos - pela quantidade de mosaicos de peixes que há ...
A vila de Milreu foi descoberta pelo arqueólogo Estácio da Veiga em 1877
Com o passar dos tempos tornou-se igreja cristã, mesquita e teve problemas com terremotos
Anexo às escavações um museu com objetos aqui achados e explicações ...
Igreja do século 18 foi construída com doação dos moradores em agradecimento a São Lourenço por ter acabado com a seca.
Na parte externa alguns quadros de azulejos azuis e brancos, provavelmente feitos por mestres artesãos de Lisboa. O dia da festa do santo é 10 de agosto ... diz a lenda que os devotos acorriam à igreja não somente por sua devoção mas porque as danças, cantoria e a grandeza da festa eram famosos.
Nossa ideia era subir um pouco as serranias e conhecer algumas cidades que já havia visto nas imobiliárias com casas para alugar. Só conhecer o clima e o astral da cidade, não ir atrás de nada específico ... São Brás, com calçada romana; Santa Bárbara, Loulé ...
Seguindo informações do guia fomos para Estoi ... um vilarejo muito calmo e com 2 atrações "imperdíveis".
Palácio de Estoi um exemplo de exagero rococó, único na região. O palácio é fruto da imaginação de um nobre local, que morreu logo após o início da construção, em meados da década de 1840. Outro endinheirado local comprou a propriedade e completou a construção em 1909. Naqueles tempos ostentação e dinheiro sempre rendiam títulos nobiliárquicos e ele se tornou Visconde de Estoi.
O arquiteto Domingos da Silva Meira, apaixonado por esculturas, foi quem supervisionou a obra e seu interesse se vê por todas as partes do palácio.
Em alguma época a Câmara Municipal de Faro era a dona do palácio. Desde 2009 é a Pousada do Palácio de Estoi. As novas instalações da Pousada não descaracterizaram o edifício: spa, piscinas, apartamentos novos.
Aos não-hóspedes concedem a gentileza de darmos um "vistaço" aos salões e comprovar o rococó das paredes e tetos
Os jardins merecem destaque à parte, apesar de não estar com aparência dos seus melhores dias, mas são majestosos de toda forma.
Fontes com ninfas, esculturas, laranjeiras, pavilhão com vitrais, azulejos ... distribuídos em vários níveis
A Capela do Palácio também merece a visita, abaixo o teto
Visita terminada ... uma volta pela cidade
Compramos pão e conhecemos um italiano, casado com portuguesa, apaixonado pela região, que tem uma lojinha e explica sobre todos os itens : vinhos, queijos, mel, temperos, mobiliário.
Compramos "Licor de Medronho", fruto do medronheiro e Patê de figo com azeitonas pretas .. muito bom e a romã "roubamos" na beira da estrada (se soubéssemos que ela estaria deliciosa, teríamos pego mais ...
Almoçamos no estacionamento do Palácio antes de ir para a próxima atração de Estoi ... separadas por 1 km e 1.800 anos ...
Milreu : conjunto romano, datado do século I ou II d.C. e que foi habitada de forma contínua até o século X.
Mosaicos de peixes enfeitam as termas ao lado dos alojamentos
Milreu é a memória de uma família abastada. Em finais do século III a casa foi reorganizada em torno de um grande peristilo=corredor aberto lateralmente com colunas, rodeando um pátio, igualmente aberto com jardim e tanque de água.
Essa casa atual é do século XV
Com a construção a entrada da vila se sofisticou e as termas foram embelezadas com mosaicos representando a fauna marinha. Veja o tamanho das colunas ...
Ao sul da vila edifício de culto à divindade aquática ou à água - é a dedução dos arqueólogos - pela quantidade de mosaicos de peixes que há ...
A vila de Milreu foi descoberta pelo arqueólogo Estácio da Veiga em 1877
Com o passar dos tempos tornou-se igreja cristã, mesquita e teve problemas com terremotos
Anexo às escavações um museu com objetos aqui achados e explicações ...
Visita terminada e vamos para Almancil, mais uma cidade da temporada árabe ... iniciada com AL . Atualmente uma cidade sem grandes atrativos mas que possui fora da área central uma preciosidade:
Igreja Matriz de São Lourenço ... mas foi uma dificuldade encontrá-la!
Pergunta daqui e dali ... chegamos. Ela está localizada no bairro "São Lourenço" perto do cemitério. Era por volta de 17:00 e estava tudo lotado! Um rapaz de menos de 18 anos, filho de família tradicional ia ser enterrado. Lugar para estacionar só bem longinho ...
Igreja do século 18 foi construída com doação dos moradores em agradecimento a São Lourenço por ter acabado com a seca.
Na parte externa alguns quadros de azulejos azuis e brancos, provavelmente feitos por mestres artesãos de Lisboa. O dia da festa do santo é 10 de agosto ... diz a lenda que os devotos acorriam à igreja não somente por sua devoção mas porque as danças, cantoria e a grandeza da festa eram famosos.
Não podemos tirar fotos em seu interior e essa foto que fiz de cartões postais ficou bem ... fraquinha ...
Mas vamos lá usar a imaginação! A igreja é pequena mas imagine-a totalmente revestida de azulejos: nave, abóbada e a cúpula, que é muito raro vê-la azulejada.
Cria um efeito maravilhoso e os paineis vão contando e ilustrando a vida de São Lourenço.
A história termina com o Martírio do Santo quando ele é queimado em uma grade (na verdade uma grelha ... pobre coitado!).
A cúpula possui efeitos decorativos trompe-l'oeil de excepcional qualidade! Ops! trompe-l'oeil!!?? Literalmente "engana o olho" : técnica artística em que truques de perspectiva criam ilusão óptica que faz com que formas em 2 dimensões pareçam possuir 3 dimensões ...
O que posso dizer é que vale a pena dar uma pesquisada e ver as fotos, não consegui copiar fotos pois todas que eu vi estão com direitos reservados...
Os últimos azulejos foram colocados em 1730 e o temível terremoto de 1755 quase não causou danos à igreja: descolou alguns poucos azulejos da abóbada.
Outra coisa que merece ser mencionada: o altar, de 1735, feita por Manuel Martins e dourada por pintores locais. Ouro, muito ouro ... hum! de novo senti aquele cheiro de ouro ... do Brasil ... fazer o quê! Acho que eles levavam azulejos como lastro nos navios e traziam ouro! Já vimos essa história antes...os índios ganhavam miçangas e espelhinhos!
Enfim! Belíssima igreja!
Já era tarde e nos dirigimos para o camping em Albufeira.
Olha o tamanho desse trailer e ainda vai puxando reboque!
Dia 47 - Albufeira - Faro - Albufeira, ida de ônibus, volta de trem
Quando acordamos ficamos na dúvida se íamos para Albufeira ou voltávamos para trás e conhecer Faro. Venceu a segunda opção. A estação de trem fica distante do camping e a opção era ir de ônibus e não foi um bom negócio: Faro está longe e o ônibus é pinga-pinga... enfim era o que havia de opção!
Demoramos um montão mas chegamos ao Faro. Fomos direto para a parte amuralhada que estava com "quermesse": bancas de comidas, bebidas, roupas, brinquedos etc.
Comemos "bifana" ou "sandes" = sanduíche de carne de porco assada e sopa de mariscos. A atendente Adriana , brasileira, de Fortaleza, vive perto de Estoi com marido e filhos e que se fôssemos procurar algo para alugar ano que vem, com gosto nos ajudará.
O café tomamos à beira-rio, na verdade, beira-ria que são as entradas por canais (mais ou menos isso, na Noruega são os fiordes, aqui Rias).
A volta foi de trem às 19:36, até a localidade de Ferreiros e de lá ônibus até o camping de Albufeira, onde chegamos já passava das 21:00 hs.
Iézio e Nil chegam hoje em Lisboa, vamos ver se conseguimos nos encontrar.
Buenas noches!
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