Dias 16 a 18
Aproveitamos o último dia de estradas maravilhosas alemãs, tudo bem que nosso carro não ajuda, mas ser "balançado" por Porsches, BMW ou Mercedes que passam a muitos km por hora não tem preço! E já disse, sem pagar nada a mais por isso - sem pedágio!
Paisagem um pouco montanhosa, muitos vales, cortando a região de onde partiram para o Brasil nos idos de 1820 em diante os antepassados de nossos vizinhos e a colônia alemã gaúcha: região do Hunsruck.
Passamos pela cidade de Schengen (Luxemburgo), onde foi firmado o acordo de livre fronteira entre os países da Europa.
Atravessamos para a França bem no bico dos três países: Luxemburgo, Alemanha e França.
Passamos a noite em Charny sur la Meuse, região da cidade de Verdum e que foi o epicentro da Primeira Guerra Mundial. Amanhã visitaremos os campos de batalha de 1914-1918.
O camping está junto ao Rio Meuse, com instalações simples mas "limpinho" e precinho simples também - 10 euros ...ôh maravilha! Na verdade a França não apresenta problemas quanto a local para ficar: tem de todo modelo e jeito: caros, simples, muiiito simples, simples paradas em estradas, fazendas, rústicos, municipais, etc.
Boa noite! Bom dia!
Campos de Batalha de Verdum - 1914-1918
A região de Verdum (Alsácia e Lorena), às margens do Rio Meuse, nordeste da França, por sua localização estratégica, sempre esteve na mira de conquistadores. Desde Átila no século V, passando por Carlos Magno no ano 843, fazendo parte do Sacro Império Romano, e sucessivamente sendo alvo de conquista...
A Alsácia e Lorena estiveram no meio das guerras entre França e Alemanha, e já trocaram de nacionalidade por 4 vezes desde 1871.
Em 1914 com a invasão da França pela Alemanha, Verdum estava novamente no centro dos acontecimentos.
A Primeira Guerra Mundial, foi dos conflitos mais mortíferos. E onde ocorreram mais baixas foi justo na Batalha de Verdum:
21-FEV-1916 a 18-DEZ-1916
O número de baixas varia de 600.000 a 960.000 em estudos atuais.
E 300.000 mortos entre alemães e franceses.
Os alemães eram comandados pelo Gen. Erich von Falkenhayn e pelo lado francês o Gen. Philippe Pétain.
Os bombardeios alemães sobre as trincheiras francesas eram devastadores, aliados à chuva e neve, transformava a região em um imenso lodaçal.
O famoso lema "Não passarão" representou o fortalecimento francês. Foi adotada a tática da rotatividade das tropas para evitar que o cansaço e os efeitos morais enfraquecessem ainda mais os soldados.
Foi construída uma estrada que ligava Verdum à retaguarda, garantindo o fornecimento de alimentos e equipamentos bélicos.
Denominada Voié Sacrée=Via Sagrada , por ela passaram cerca de
12.000 veículos, 50 mil toneladas de alimentos e 2 milhões de soldados.
Foram 9 cidades riscadas do mapa após os bombardeios. Ao final da Guerra havia tamanha quantidade de armas, granadas, munições espalhadas pela região que ficou praticamente impossível concretizar a limpeza da região.
O governo francês retomou as terras, indenizou e transformou em área nacional e iniciou os trabalhos para preservar e mostrar para o futuro a história.
Hoje é uma região que apesar dos horrores é bonito de ver. Mas ficamos sempre com sentimentos estranhos, indefinidos e assustadores.
Nós que nunca passamos por guerras é quase impossível colocar-se no lugar e imaginar a falta de sentido que isso é.
Por baixo da terra a fortaleza era uma verdadeira cidade.
Aproveitamos o último dia de estradas maravilhosas alemãs, tudo bem que nosso carro não ajuda, mas ser "balançado" por Porsches, BMW ou Mercedes que passam a muitos km por hora não tem preço! E já disse, sem pagar nada a mais por isso - sem pedágio!
Paisagem um pouco montanhosa, muitos vales, cortando a região de onde partiram para o Brasil nos idos de 1820 em diante os antepassados de nossos vizinhos e a colônia alemã gaúcha: região do Hunsruck.
Passamos pela cidade de Schengen (Luxemburgo), onde foi firmado o acordo de livre fronteira entre os países da Europa.
Atravessamos para a França bem no bico dos três países: Luxemburgo, Alemanha e França.
Usinas termelétricas |
O camping está junto ao Rio Meuse, com instalações simples mas "limpinho" e precinho simples também - 10 euros ...ôh maravilha! Na verdade a França não apresenta problemas quanto a local para ficar: tem de todo modelo e jeito: caros, simples, muiiito simples, simples paradas em estradas, fazendas, rústicos, municipais, etc.
Rio Meuse |
Campos de Batalha de Verdum - 1914-1918
A região de Verdum (Alsácia e Lorena), às margens do Rio Meuse, nordeste da França, por sua localização estratégica, sempre esteve na mira de conquistadores. Desde Átila no século V, passando por Carlos Magno no ano 843, fazendo parte do Sacro Império Romano, e sucessivamente sendo alvo de conquista...
A Alsácia e Lorena estiveram no meio das guerras entre França e Alemanha, e já trocaram de nacionalidade por 4 vezes desde 1871.
Em 1914 com a invasão da França pela Alemanha, Verdum estava novamente no centro dos acontecimentos.
A Primeira Guerra Mundial, foi dos conflitos mais mortíferos. E onde ocorreram mais baixas foi justo na Batalha de Verdum:
21-FEV-1916 a 18-DEZ-1916
O número de baixas varia de 600.000 a 960.000 em estudos atuais.
E 300.000 mortos entre alemães e franceses.
Os alemães eram comandados pelo Gen. Erich von Falkenhayn e pelo lado francês o Gen. Philippe Pétain.
Os bombardeios alemães sobre as trincheiras francesas eram devastadores, aliados à chuva e neve, transformava a região em um imenso lodaçal.
O famoso lema "Não passarão" representou o fortalecimento francês. Foi adotada a tática da rotatividade das tropas para evitar que o cansaço e os efeitos morais enfraquecessem ainda mais os soldados.
Foi construída uma estrada que ligava Verdum à retaguarda, garantindo o fornecimento de alimentos e equipamentos bélicos.
Denominada Voié Sacrée=Via Sagrada , por ela passaram cerca de
12.000 veículos, 50 mil toneladas de alimentos e 2 milhões de soldados.
Fleury-devant-Douamont , totalmente arrasada após os bombardeios |
Foram 9 cidades riscadas do mapa após os bombardeios. Ao final da Guerra havia tamanha quantidade de armas, granadas, munições espalhadas pela região que ficou praticamente impossível concretizar a limpeza da região.
O governo francês retomou as terras, indenizou e transformou em área nacional e iniciou os trabalhos para preservar e mostrar para o futuro a história.
Hoje é uma região que apesar dos horrores é bonito de ver. Mas ficamos sempre com sentimentos estranhos, indefinidos e assustadores.
Nós que nunca passamos por guerras é quase impossível colocar-se no lugar e imaginar a falta de sentido que isso é.
Tranchée des Baionnettes - Memorial onde se preservam trincheiras |
Douaumont , outra vila que foi totalmente devastada. Atualmente o que há em cada uma dessas vilas é a Igreja copiada da original |
E por toda parte crateras de obus, morteiros, bombas ... Vaix, Froideterre, Vauxquois, Haucourt ... cidades que não existem mais ... |
Forte de Douaumont |
Por baixo da terra a fortaleza era uma verdadeira cidade.
Trincheiras por toda parte |
Ossário de Douaumont : +- 16.000 cruzes com os nomes dos franceses tombados na guerra |
Trata-se do maior cemitério francês
Na parte interna do Ossário são +- 130.000 esqueletos, sem identificação individual: nas paredes a identificação das batalhas e os que ali morreram |
Após 300 dias e 300 noites, com a retomada das fortificações pelos franceses, os alemães recuaram
2 comentários:
que linda essa última foto, deve ser um charme de cidade...
E realmente é ... mas não entramos ... só passamos a noite no camping
Postar um comentário