sexta-feira, 6 de agosto de 2010

32. dia : Aragarças - Goiás

Estamos de volta ao horário de Brasília (MT é uma hora a menos).
Silvano já foi consertar o pneu da moto, agora está no dentista. Pela segunda vez na viagem (em Dourados) teve problemas com um dente (quebrou).
É uma pena ter de seguir viagem, pois na volta de Aragarças e Barra do Garças tem muitas coisas interessantes: rios para pescaria, trilhas, praias, termas, serra do Roncador...mas se formos ver tudo por onde passamos com certeza não voltamos para casa tão cedo.
Foi nessa região que em 1943 teve início a Expedição Roncador-Xingu: foi a primeira marcha para o Oeste. Tinha por objetivo conhecer e desbravar as áreas em branco nas nossas cartas geográficas (em plena 2.Guerra Mundial). Os irmãos Villas-Bôas fizeram parte da Expedição desde o planejamento e o "indio" inicialmente não era o objetivo. A partir da expedição e do conhecimento obtido os irmãos Villas-Bôas empenharam-se em mostrar que não se tratava de sociedades selvagens e sem regras, pelo contrário, era uma sociedade equilibrada, estável e com princípios éticos e morais.
"Se acharmos que nosso objetivo aqui, na nossa rápida passagem pela terra, é acumular riquezas, então não temos nada a aprender com os índios. Mas se acreditarmos que o ideal é o equilíbrio do homem dentro de sua família e dentro de sua comunidade, então os índios tem lições extraordinárias para nos dar" (Cláudio V.-B.).
Chega de história, vale a pena saber mais sobre o assunto, ler e entender as controvérsias existentes.
Saímos de Aragarças 12:40 hs. Paramos na estrada para almoçar, embaixo de uma árvore:  salada de tomates, queijo brie, pera, peixe com mostarda e suco. Um banquete!
A estrada é diferente de ontem, menos agricultura,  mais pecuária. Asfalto em alguns trechos bons em outros sofrível, com pouco movimento.
Rodamos 280 km e chegamos a Goiás, antes chamada de Goiás Velho (os moradores não gostam). Até 1937 foi capital do estado, quando foi inaugurada Goiânia.
Em 2001 foi alçada a Patrimônio Mundial pela Unesco.
Já conhecíamos a cidade, mas passar por perto é obrigatória a parada. Arquitetura colonial e calçamento de pedra, com igrejas, museus, chafariz, coreto.
A atração mais visitada é a casa de "CORA CORALINA", poetisa e doceira de mão cheia. Publicou seus poemas com idade avançada mas seus doces já faziam sua fama. 
Ao chegar fomos na Pastelaria do Emival para comer pastel de carne com guariroba e empadão goiano. Faltou os bolinhos de arroz de Dona Inês, amanhã vamos a eles!
Estamos estacionados em uma pracinha, do lado de cá do Rio Vermelho e o Silvano nesse momento toca seu sax na praça.
Um inconveniente: quando estacionamos procuramos uma fonte de energia para economizar bateria e ligar a geladeira. Qual não foi nossa surpresa: nossas duas extensões (quase 40 mts de fio e tomadas) se perderam em algum local incerto e não sabido na estrada: a caixa onde ficam acomodadas se abriu e voaram. Paciência, nos resta comprar novos fios.
Estou na luz de lanterna enquanto o laptop tiver bateria, esperando que não faça muito calor porque não tem ar condicionado nem ventilador.
Maurício e Solange: boa notícia nos deram! Seremos mais vizinhos ainda ...guarde o café que logo, logo estaremos voltando.
Kevin, Iris, Inara e Ivy boa noite e beijos. Saudades...
Inara: tens recebido meus torpedos?  Abraços ao Átila.
Luciana: Só porque o Marco já não está aqui vocês sumiram?


Casa de Cora Coralina

2 comentários:

Inara disse...

humm... delícia mesmo esse almoço!! só comilança essa viagem (nem os dentes do Silvano aguentam tanto trabalho!!).

aaaah que bom!! filhinha mais pertinho! óóóun...

tenho recebido sim as mensagens.
beijos,
Inara e Kevin

Inara disse...

ah!gostei muito desse mini texto sobre os índios.

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